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Se voce encontrasse um túnel gigante, com aproximadamente 100 metros de extensão, acreditaria que havia sido feito por algum animal?
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Mas qual criatura gigante poderia ter feito isso? Essa foi a pergunta que o professor de geologia Heinrich Frank se fez enquanto buscava por um misterioso túnel descoberto em Novo Hamburgo, Brasil.
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Diferente de qualquer caso que ele já tinha visto, Frank presumiu que o túnel havia sido cavado por um ser vivo.
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“Não há processo geológico no mundo que produz túneis longos com uma sensação transversal circular ou elíptica, que se ramificam, sobem e caem, com marcas de garras nas paredes”, disse Frank.
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A criatura havia deixado enormes marcas de garras nas paredes e teto. Logo, Frank recuou e resolveu retornar em algumas semanas.
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Professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Frank acabou nomeando os misteriosos túneis e identificando o animal mais propenso a ter feito as escavações, não só dos túneis de Novo Hamburgo, mas também de milhares de outros no Brasil.
O professor encontrou seu primeiro túnel do início dos anos 2000, e descobriu que um cientista havia nomeado “Palaeoburrows”. Até hoje, Frank e outros pesquisadores encontraram mais de 1.500 túneis só no Estado do Rio Grande do Sul, além de vários outros em Santa Catarina. A maioria desses túneis se estendem por centenas de metros. Um túnel com 600 metros de comprimento, 1,80 metros de altura e até 5 metros de largura o maior deles.
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“Nessas tocas, às vezes você tem a sensação de que há alguma criatura está esperando ao redor da próxima curva – você se sente como um animal pré-histórico”, escreveu Frank.
Por ventura, ele encontrou indícios suficientes para acreditar de que os túneis foram escavacados por uma preguiça gigante. A evidência principal são as marcas de garras profundas encontradas nas paredes dos túneis. A maioria dos cientistas passaram a acreditar após um tempo que realmente os túneis só poderiam ter sido feitos por uma preguiça gigante, e não por tatus gigantes, como acreditavam.
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Megatherium americanum é o nome científico da espécie extinta de preguiça gigante. O nome significa “grande besta da América”. Estas criaturas mediam até 4,6 metros e pesavam cerca de 4 toneladas. Algumas preguiças passaram grande parte de sua vida útil dedicada inteiramente à construção de túneis grandes e extensos.
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Frank e sua equipe não têm certeza se as extensas cavernas foram usadas para escapar do clima, predadores ou umidade. Acredita-se que vários indivíduos passaram por uma mesma toca, e continuaram trabalhando para torná-la tão enorme.
Em 1787 foram descobertos, por Manuel Torres, na Argentina, os primeiros fósseis de Megatherium americanum, e enviados para o Museu Nacional de Ciencias em Madrid, onde está exposto o esqueleto original.
Em 1796, o anatomista Georges Cuvier determinou as relações e a aparência de Megatherium, estabelecendo que era uma preguiça. No início, ele acreditava que o animal usava suas garras enormes para escalar árvores, como preguiças modernas, mas mudou sua hipótese para sustentar um estilo de vida subterrâneo.
Apesar de suas garras enormes, a preguiça gigante era vegetariana. Isso foi confirmado através da análise química dos dentes do animal que ajudaram a saber o que ele comeu durante a vida.
Até hoje, Frank e outros pesquisadores continuam nas buscas pois nunca encontraram fósseis dentro das cavernas, material orgânico ou depósitos minerais que poderiam ajudar a saber de fato a idade dos túneis.
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