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Quem nunca ficou espantado ao admirar fotografias antigas ou ao ler relatos de outros tempos envolvendo uma das mulheres mais influentes dos últimos dois séculos, que segue firme e forte rumo aos seus noventa e cinco anos de idade, sendo quase setenta dedicados ao seu reinado?
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A Rainha Elizabeth II está no trono real desde 1952. Esse é o reinado mais longo de qualquer monarca da história britânica. E durante esse tempo, ela viu mais de uma dezena de ministros britânicos, 20 Jogos Olímpicos e conheceu mais de meia dúzia de papas.
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As inúmeras curiosidades, os livros, os filmes, as séries e até mesmo os memes que retratam um pouco da vida de uma rainha considerada conservadora, rígida, discreta e observadora, na prática, as credenciam ao posto de idosa mais famosa do Planeta Terra.
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Embora a monarca siga demonstrando sinais de longevidade e não tenha perdido nem um pouco do seu senso crítico, a partir de agora nós buscaremos responder a uma pergunta que muita gente já deve ter feito ao longo das últimas décadas: O QUE ACONTECERÁ QUANDO A RAINHA ELIZABETH II MORRER?
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A OPERAÇÃO LONDON BRIDGE
Seria ingênuo imaginar que o Reino Unido não tivesse um plano muito bem elaborado a ser implementado nesse momento que fatalmente ocorrerá num futuro não tão distante, envolvendo uma das figuras públicas mais relevantes de todos os tempos.
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A Operação “London Bridge” ou Ponte de Londres, numa tradução livre para o português, é o nome desse plano que entrará em vigor no momento em que a rainha Elizabeth II vier a óbito, conforme alguns dos detalhes já foram publicados em grandes veículos de imprensa da Inglaterra.
PRIMEIROS PROTOCOLOS DA MONARQUIA BRITÂNICA
Nessa operação que seguirá à risca uma séria de protocolos previamente elaborados, o secretário particular da rainha, atualmente o Sr. Christopher Geidt, terá a difícil missão de dar a notícia ao Primeiro Ministro, se utilizando do código “London Bridge is Down”, mensagem que significa “A Rainha Está Morta”.
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Vale ressaltar que quando o secretário entrar em contato com o chefe de governo, atualmente a primeira-ministra Theresa May, ela será acordada mesmo que a morte aconteça ao longo da madrugada. Já os funcionários serão informados por meio de uma comunicação interna segura, com a mesma mensagem “London Bridge is Down”.
Na sequência, o papel do Ministério das Relações Exteriores, que fica localizado em um lugar secreto da região de Londres, será o de dar a notícia aos quinze governos dos países onde Elizabeth II é chefe de Estado, assim como a outros Estados da Commonwealth, o grupo de países que, de uma forma ou de outra, fazia parte do Império Britânico.
ANÚNCIO OFICIAL AO MUNDO
A tendência é que todas as pessoas recebam o comunicado da maneira mais rápida possível, tendo em vista que a BBC e a Press Association serão notificadas por meio de um “flash informativo” oficial, seguidas do restante da imprensa.
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Importante relembrar que no momento em que o rei George VI, pai da rainha Elizabeth II, veio a óbito às 7h30 do dia 6 de fevereiro de 1952, a BBC comunicou o acontecimento pouco mais de três horas e meia após a realização dos protocolos iniciais.
Já é fato consumado que as emissoras BBC 1, BBC 2 e BBC 4 vão se unir e transmitir a mesma programação que vai consistir no Estandarte Real, com a bandeira da monarquia estampada na tela ao som do hino nacional, seguidos de boletins com notícias relacionadas à morte da rainha.
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COMO OCORRERÁ A SUCESSÃO DO TRONO?
Na fatídica cerimônia que sagrará Charles como o novo Rei do trono, os seus irmãos beijarão a sua mão como uma forma de jurar fidelidade e, no fim da tarde do mesmo dia, ele realizará o seu primeiro discurso.
Às onze horas da manhã do dia seguinte à morte, Charles será oficialmente proclamado na Proclamation Gallery do Palácio de St. James e quarenta e um tiros de canhão serão disparados no Hyde Park para celebrar a chegada do 41º monarca a ocupar o trono.
Ainda no Palácio, a banda da tropa de infantaria de elite do Exército britânico vai ecoar o hino nacional e depois Charles viajará para participar de cerimônias em homenagem à sua mãe em todos os países que compõem o Reino Unido.
LUTO
Quando a rainha morrer, serão respeitados nove dias de luto em todo o país, com bandeiras hasteadas a meio mastro ao som de sinos de igrejas que tocarão de maneira praticamente incessante.
Quatro dias após o início do luto, o corpo será levado da Sala do Trono ao Westminster Hall, no Parlamento inglês. Lá os soldados vão se revezar a cada vinte minutos para fazer a sua guarda e as pessoas poderão acessar o Hall para prestar suas últimas homenagens.
A expectativa estimada é de que ao menos meio milhão de pessoas se despeçam da Rainha ao vivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No nono e último dia, quando chegarmos ao funeral, o Big Ben vai tocar pontualmente às nove horas da manhã com notas abafadas ao invés do seu tradicional “Mi maior”. Será um dia com estabelecimentos comerciais fechados, com a prática de esportes restritamente proibidas, sem que outro assunto divida o cotidiano das pessoas.
Às onze horas o caixão vai adentrar a Abadia de Westminster e o país irá parar completamente. Os trens e estações ferroviárias vão ser interrompidos. O respeito e o luto vai imperar por alguns instantes por todo o Reino Unido.
Para finalizar essa operação bilionária, o caixão seguirá em procissão rumo à Windsor onde o restante da cerimônia será privado e restrito à Família Real. Charles será o primeiro a jogar um punhado de terra vermelha sob o caixão da mãe.
E respondendo pelos vários feriados, despesas de funeral e comemorações da coroação, estima-se que o falecimento da rainha custará à economia do Reino Unido bilhões de libras. Além do mais, centenas de mudanças acontecerão em todo o Reino Unido nos meses seguintes. A nova moeda britânica serão impressas com o retrato do rei, e a moeda da rainha será lentamente removida do uso. O mesmo acontecerá com selos, passaportes e uniformes policiais e militares. E o hino nacional será alterado para “Deus salve o rei”.
Teremos sido, então, testemunhas do fim de uma era.
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